Como age o cidadדo espםrita em relaחדo א polםtica? Como vem sendo sua conduta em יpoca de eleiחדo? Parece-me que a grande maioria nדo י apaixonada pelo tema, ficando alguns surpresos com o doutor Bezerra de Menezes. “A polםtica י a ciךncia de criar o bem de todos e nesse princםpio nos firmaremos” (Deputado A. Bezerra de MenezeO cidadדo brasileiro י responsבvel na escolha dos representantes para o Poder Pתblico. Como deve o espםrita comportar-se neste momento grave? Qual a importגncia do seu voto? Seremos responsבveis pelos resultados do novo governo? “O pior analfabeto י o polםtico. Ele nדo houve, nדo fala, nem participa dos acontecimentos polםticos. Ele nדo sabe que o custo de vida, o preחo do feijדo, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remיdio dependem das decisץes polםticas. Esse analfabeto se orgulha dizendo que odeia polםtica. Mas י da sua ignorגncia polםtica que nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que י o polםtico vigarista e corrupto.” Foi, mais ou menos, assim que disse Bertold Brecht. Que contribuiחדo podemos dar como cidadדos espםritas? Serב que a frase corriqueira “nדo devemos misturar Espiritismo e polםtica” na realidade nדo estב escondendo insuficiךncias e deficiךncias? Se examinarmos a frase do Deputado Bezerra de Menezes vamos notar que estב implםcita a idיia de que o homem de bem י um ser polםtico. O que precisa ficar claro י que nדo devemos misturar Doutrina Espםrita com polםtica partidבria. Mas podemos, num critיrio apartidבrio, examinar a ciךncia de criar o bem de todos. A finalidade da Doutrina Espםrita י contribuir para o progresso da humanidade. Isto י pensar no prףprio bem estar futuro, isto י, reencarnar numa sociedade melhor, mais justa, onde encontrarב uma lideranחa intelecto-moral. “Saber י o supremo bem, e todos os males provיm da ignorגncia.“ (Leףn Denis, “No Invisםvel”, sיtima ediחדo, pבg. 341.FEB) O espםrita deve ficar atento para nדo repetir os erros do passado. Para tanto bastarב lembrar os perםodos histףricos de evoluחדo das Religiץes. No inםcio encontramos a pureza original da fי, em seguida surge a organizaחדo eclesiבstica, que num outro momento sente a ambiחדo pelo poder temporal, levando-a א decadךncia. Dizia o professor N.G.Barros: “o terceiro perםodo caracteriza a ausךncia de confianחa na maternidade do espםrito. Logo, podemos concluir que a Religiדo deixa de ser movimento espiritualizante, para se transformar em Partido Polםtico de conquista do Poder Temporal. Sem a conscientizaחדo de que hב em nףs um princםpio inteligente eterno e perfectםvel, nenhuma Religiדo ou Filosofia se liberta do Poder Temporal e da Decadךncia Prףpria.” ֹ pertinente enfatizar que precisamos estar atentos para nדo deixar a casa espםrita se transformar em comitך de campanha ou palanque de candidato. Ela deve ser apartidבria e aם, tambיm concordamos, que “Espiritismo e polםtica nדo se misturam.” O espםrita, como ser social, deve participar da sociedade e colaborar na sua transformaחדo. A casa espםrita nדo estב impedida de orientar seus freq?entadores, quanto א importגncia do voto consciente. A pessoa vך a sociedade como algo abstrato e fica com a sensaחדo de que nדo faz parte dela, lavando as mדos.
Uma professora de Filosofia, nas suas reflexץes, diz que “a reivindicaחדo do direito de decisדo sobre o aborto י contestada pela Igreja Catףlica como negaחדo das orientaחץes religiosas.” E, continua: – “estranha argumentaחדo, que parece esquecer que nem toda a humanidade י catףlica (ou mesmo cristד) e que aqueles que nדo o sדo devem ter o direito de optar por diferentes regras de vida.”
As democracias modernas nדo se explicam mais apenas com modelos de representaחדo.” |